Livros de histórias para jovens sempre me interessaram. Mais incrível do que simplesmente ser uma ficção desenvolvida para adolescentes, é que muitas vezes não são escritas por adolescentes.
A pergunta que me faço é: Como entender a mente de um determinado grupo sem pertencer a ele? Tá, tudo bem que todo vovô já foi adolescente um dia, e isso ajuda muito como forma de inspiração. Quem não se lembra do primeiro beijo, da primeira namorada, da primeira relação sexual?
Mas mesmo com as lembranças, ainda existe um porém. Os tempos de mocidade do vovô não são como os do netinho. O choque cultural é bem evidente. Isso porque a ideologia, assim como as formas de expressões verbais são muito distintas. Posicionamentos que hoje são considerados naturais, antigamente, eram tidos como absurdo.
Dessa forma acredito ser bem difícil escrever sobre sem conhecer sobre. Sem o conhecimento o resultado torna-se superficial e estereotipado. Assim como o vovô deve conhecer a geração de seu netinho, nós jornalistas também temos que estar abertos ao conhecimento, sem preconceitos!
